sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A física aristotélica


Aristóteles discorreu sobre vários temas da física. No entanto, a física de Aristóteles era qualitativa, diferentemente da física atual que é quantitativa. O problema da física qualitativa é que qualidades nunca existem independentemente de outras que as suportam. Velocidade e gravidade são entidades metafísicas, no entanto, podem ser-lhes atribuídos valores que possibilitam melhor organização do seu estudo.
Aristóteles reduz o mundo a contrários, que são propriedades das substâncias. O aumento de um contrário significa privação do outro. Na física atual é concebida a cada partícula uma anti-partícula correspondente, o que parece concordar com as idéias que Aristóteles tinha sobre os contrários.
Aristóteles diz no parágrafo 3, capítulo 1, livro física:
“Por isso, é necessário progredir desde os universais até os particulares; de fato, o todo é mais cognoscível pela sensação, e o universal é um certo todo, pois o universal compreende muitas coisas como partes.”
Na física atual não se procede assim. Um bom exemplo disso é o princípio da correspondência de Bohr: “As equações da física quântica se reduzem as leis clássicas familiares, nas condições em que há concordância entre essas leis e a experiência.” Em relatividade, as equações também podem se reduzir às equações da cinemática clássica. Esses exemplos mostram que primeiro foram estudados os casos específicos, para que depois fossem estudados os casos gerais, ao contrário da física aristotélica.
Para Aristóteles, matéria é aquilo que uma coisa é naquele momento, é tudo aquilo que tem potência, tem capacidade para ser um certo isto. Privação é aquilo de que uma coisa é feita, mas não é aquilo que ela é agora. É o estado em que se encontra todo contrário suspenso. A corrupção está em potência. A teoria do ato da potência tem como finalidade explicar a estrutura do devir, o problema da mudança constante. Esta teoria de Aristóteles tem certa semelhança com a alegoria do gato de Schrödinger: Um gato, junto com um frasco contendo veneno, é posto em uma caixa lacrada protegida contra incoerência quântica induzida pelo ambiente. Se um contador Geiger detectar radiação então o frasco é quebrado, liberando o veneno que mata o gato. A mecânica quântica sugere que depois de um tempo o gato está simultaneamente vivo e morto. Mas, quando se olha dentro da caixa, apenas se vê o gato ou vivo ou morto, não uma mistura de vivo e morto. Antes da observação o gato seria os dois contrários ao mesmo tempo: vivo e morto.
Aristóteles admite que a matéria possa ser reconhecida por analogia. Isso foi utilizado, por exemplo, por Maxwell, quando descobriu termos que faltavam em algumas equações utilizando argumentos de simetria em equações análogas do campo elétrico e do campo magnético.
As teorias dos filósofos antigos sobre física não devem ser ignoradas, pois podemos notar algumas coerências com a ciência moderna. A observação do mundo por parte de qualquer ser humano, sem os devidos instrumentos, recai muitas vezes em conclusões alcançadas anteriormente por filósofos clássicos. Como escreveu Augusto dos Anjos: “Ah! Todos os fenômenos do solo. Parecem realizar de pólo a pólo. O ideal de Anaximandro de Mileto!”

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Salaam Aleikum

Olá!
Ainda não sei sobre o que vou falar aqui. Essa semana eu decido. Eu tenho um olho muito forte para ver o mal em mim e nos outros (segundo meu mapa astral) rs. Então provavelmente vou canalizar essa minha energia crítica nesse blog. Mas também gosto de escrever poesias, então talvez mescle as coisas. Espero que me tolerem. :P