quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Orgia escalafobética



No abismo profano
Pairavam as pítias
E como mestras do engano
Tornaram-se ricas
Nas águas escuras
Penetravam as barcas
Com bruxas impuras
Carregando arcas
O uivo dos coiotes
O soar do luar
Faziam os velhotes
Dançarem sem parar
Serpentes lunáticas
Raposas flamejantes
Tornaram-se intactas
Ao homem murmurante
Gôndolas sabotadas
Perdiam-se no som
De harpas encantadas
Golpeadoras do que é bom
Ao fim dessa lúgubre
Noite escalafobética
Louvavam o lume
Boçais ervas patéticas

Nenhum comentário:

Postar um comentário