quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Quem semeia tempestade colhe furacões.



Alguns bêbados jogam baralho,
Sem amor as sua vidas apostam suas almas.
E quando um deles perde
Não se importa em aposta-la novamente

Dançarinas de vermelho incorporam
Um Blues desritmado
E vagarosamente o olhar vago dos bêbados
Suga suas juventudes, corroendo seus corpos.

Um pianista desiludido toca as suas tristezas
Os seus desperdícios e arrependimentos
Naquele lugar feito de madeira
Ele mora com suas frustrações

O uísque acaba e o fogo das angústias se apaga
Todos no chão sem nem um alivio
Prazeres efêmeros não curam seus vazios
Suas consciências criam o inferno na Terra.

Na rua deserta o vento faz um rodamoinho com as folhas secas.
Não há o que se ver,
Apenas um vira-lata feliz por achar um bife podre.

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